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quarta-feira, 9 de maio de 2007

Lost na roça

Apesar de quase duas semanas do acontecido, não posso deixar de registrar uma das versões mais modernas e reais do seriado Lost, o sucesso da televisão norte-americana que conta a trajetória de sobreviventes da queda de um avião numa ilha. Na madrugada do feriado do Dia do Trabalho, 1º de maio, eu e mais ou menos cinqüenta pessoas ficamos atolados junto ao ônibus que nos levava de volta da fazenda do Nelson Borges, no povoado dos Campos, para a cidade. Foram cerca de seis horas mal (ou bem) acomodados dentro do veículo. Entre piadas e lamas, vou tentar descrever alguns casos aqui, já que não estava “a trabalho”, prevenido para fazer anotações ou fotos.

Já na chegada à fazenda, no início da noite anterior, com um pouco de sorte, passamos pelo brejo que, mais tarde, seria o grande vilão da história. Era dia de festa, dia de comemorar o aniversário de Nelson Borges Neto, 20 anos.

Sem entrar nos “causos” ocorridos na festa, vamos ao atoleiro. Eram mais ou menos 2h quando ficamos presos. Em meio aos tradicionais palavrões, o jeito era tentar empurar. Alguns homens (metido a heróis) foram tentar o que não tinha jeito. Salto: barro por toda a roupa e 0 cm de deslocamento.

Daí por diante foi uma sucessão de trabalhadas em meio à diversas sugestões de resgate. Só lembrando que lá não pegava celular e estávamos a cerca de 16 km da cidade. Nunca havia consenso: ir a pé pra cidade, procurar ajuda na fazenda ou ficar dormindo no ônibus.

E o mais engraçado era o sobe e desce do ônibus pela janela (a porta ficou emperrada por causa do barro). Teve gente que penou para pular ou voltar por ônibus e. Ao final, quase todo mundo de volta – apenas uma turma seguiu a pé mesmo em direção a fazenda do Senílio (a lua cheia deu uma mãozinha).

Eu não sou muito bom de memória, mas algumas pérolas são marcantes (tem umas que não dá pra citar aqui):


“Quem ficar nesse ônibus é burro, esse ônibus vai tombar”, dizia Bernardo do lado de fora. Minutos depois, ele estava lá dentro, dormindo ao lado da namorada.

“Oh Ikki, não preocupa não, isso é só um sonho. Pede alguém pra te beliscar aí”, dizia a turma do fundo do ônibus. O contexto, só quem estava lá vai saber.


“Oooh, nunca caí galôoo”, cantava a turma cruzeirense, que, em maior número, simplesmente havia se esquecido da goleada atleticana: 4 a 0 no domingo.

O resgate, chegou ao poucos. Quem foi na frente conseguiu contato pelo celular e pediu a parentes que os buscassem. Ao amanhecer, lá pelas 6h, teve gente que não agüentou e seguiu a pé. Pouco a pouco, com a notícia do atoleiro chegando na cidade, pais vieram buscar seus filhos. Destaque para o Bira, que ao retornar à cidade, teve problemas no câmbio do carro, que estragou na quinta marcha. Quem estava com ele terminou opercusso a pé mesmo.

O ônibus só foi desatolado por volta das 8h30 pelo trator do Nelsinho.

Meu relato é esse. Quem tiver boas histórias aí, coloque no comente.

Um comentário:

Anônimo disse...

eh issu aew meus caros amigos minha festa terminou de forma não trágica mas cômica.
Depois de muita farra com muita comida e destaque para a bebida e seus efeitos o onibus..atolou não por estado ruim da estrada mas quando amanhaceu vimos aprx. 2 metros de estrada batida não usada.
eu por algum motivo voltava com a turma p/ Carmo quando o incidente aconteu atolados a turma continuou a fazer farra então propuseram de sair p/ enpurrar o onibus(a porta tava enperrada) durante o ato heróico ao invés de descer subiram em cima do onibus e tentaram dpois empurrar com as mãos nas costas do outro fazendo trenzinho...durante os saltos Vitor como Iki tva concentrado em alguma coisa nu alem e ocupava lugar estrategico caiu no pantano "o vilão"não satisfeito de seu ato isolado chamou outros amigos embreagados a pular todo mundo inclusive nosso amigo Pira deu um salto ornamental em cima do barro.
De manhã nosso amigo parecia que tinha catado carangueijo ou tinha resolvido virar mendigo na praça sete.
Tem mais casos mas vo deixar que o resto da turma contem.

(Netinho)